A costura e eu

segunda-feira, 20 de setembro de 2010


Minha relação com a costura começou bem cedo. Minhas avós costuravam bem, especialmente a mãe de meu pai, que fazia calças sociais e roupas bem estruturadas. Até hoje tenho guardado um dos vestidinhos que ela fez para mim quando eu era bem bebezinha. Minha mãe costurava para fora quando eu era criança, fazia de tudo. Então dá para imaginar que desde minha infância tive contato com paninhos, agulhas, botões e máquinas de costura.

Sempre fui muito curiosa e minha mãe me dava oportunidade de mexer nas suas máquinas. Primeiro ela teve uma Singer (eu acho), pretinha, de gabinete de madeira, pedal e correia. Era muito divertido costurar nesse tipo de máquina. Depois ela conseguiu uma outra, importada, que meu pai colocou motor. Aí era só acelerar. Eu adorava fazer bolsas, sacolinhas, roupinhas para bonecas... e muuitas outras coisas que me davam na veneta. Depois comecei a aprender a fazer roupas para mim: shorts, saias, regatas. Esperava minha mãe para cortar as peças, usando outra de modelo. E assim foi durante toda a minha adolescência. Amava fazer bolsas e mochilas variadas, que eu levava meus materiais escolares, toda orgulhosa. Nunca deixei de costurar.

Mesmo quando morei fora, ficava louca para voltar para a casa da minha mãe e poder fazer minhas costurinhas. Quando meu filho nasceu, fiz muitas coisas para ele. Também me aventurei em coisas para casa: cortinas, almofadas... Até que minha mãe me deu uma máquina de presente. Essa aí da foto. Que delícia ter a minha própria máquina!!! E isso já faz mais de 15 anos!!! Ela é uma Singer portátil, a Prêt A Porter 18, que faz costura reta, zague-zague e alguns pontinhos decorativos. Também faz casa de botão. É, minha maquininha tem história pra contar! Sempre que posso dou uma geral nela, passo lubrificante, troco a agulha. Cuido dela com muito carinho.


Também herdei uma relíquia. Toda bonitinha que foi da minha querida "Vó Nirda". É esse brinquedinho aí de baixo...



Fofinha, né? É uma Vesta, de fabricação alemã, com mais de 150 anos. Funciona certinho.



Minha avó comprou de uma vizinha dela, matou os cupins que estavam danificando a parte de madeira e regulou tudo para ela voltar a funcionar. Deixou para a minha mãe, que passou para mim. Que orgulho ter essa herança da minha avó costureira que já se foi há 18 anos... é muito gostoso mexer em algo que ela gostava... Saudade!





E para encerrar esse momento de nostalgia, mostro minha orquídea que floriu pela primeira vez. Ganhei uma mudinha há uns três anos e agora ela me presenteou com essa florada. Nem sabia a cor da flor e não é que ela combinou com a cor do vaso? E para acompanhar, meu porta retrato que ganhei da minha afilhada. Na foto sou eu com meu maridão na lembrança do casamento da minha prima Raquel. 


Sem mais por hoje.

Beijokas e inté.



8 comentários:

Isadora disse...

Ai que delícia de post!
Eu infelizmente não tive uma história tão feliz, só pude dar vazão a meu lado craft depois dos 30 e, até ganhar minha máquina de costura (em fevereiro do ano passado) eu não sabia nem o que era uma bobina!
bjinho

Onix Artesanato disse...

olá...temos algumas coisas em comum...minha mãe é costureira...faz tudo...feminino, masculino etc...ela está com 70 anos e trabalha muito, por puro amor ao que faz... eu já gosto mais de artesanato, mas estou querendo comprar uma máquina, quero aprender a fazer patchwork, pena que eu moro longe da minha mãe, senão eu já teria aprendido...qdo vou visitá-la, sempre invento alguma coisa na máquina...heheheh...adoro seu blog...fiz muitas coisinhas que vc me ensinou...hehehe...beijos...

disse...

Costura é tudo de bom! Que maravilha a máquina herdada! É uma preciosidade.
Eu não tenho jeito pra costura, apesar de ter tido mãe costureira e saber costurar; mas minha irmã tem muito talento.
Muito legal conhecer esse seu lado:))

bjinhos

Judy disse...

Que lindas lembranças... acho que tem algumas coisas que estão na essência de cada um... parece o seu caso com costura... tem carinho, afinidade e paixão pela coisa. Muito bacana!
Linda sua orquídea, é super boa esta sesação de descobrir qual será a cor da flor, tenho duas aqui que também foram uma grata surpresa.
Vocês são um lindo casal, viu?

Beijo grande

Marcia Quadrado disse...

Oi Márcia,

Muito bacana o post. Estas máquinas antigas tem pontos ótimos e trazendo a lembrança de sua avó é maravilhoso.

Bjs,
Marcia Quadrado

Artes da Natacha disse...

Muito legal a sua história. Minha mãe costurava só em casa mesmo, mas tinha medo que eu coloca-se a mão. Deve ser porque eu costurei o dedo. rss
Minha avó e tia paternos tinham aquela máquina de pedal. Pena que não tenham mais. Fiquei com saudades também.
Bjs :D

Onix Artesanato disse...

Oi Márcia...entra lá no meu blog e veja o xale que eu fiz pra carol, aprendi com vc...hehehehe...beijos...

Maria Amélia disse...

Ai que relíquia mesmo! Essa herança não tem preço. E ainda funciona. Amei. bjs

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